domingo, 20 de maio de 2007

Pretensões filosóficas sobre o casamento

Então, hoje um amigo estava me mostrando as fotos de uns albuns de casamento que ele editou (ele trabalha com isso) e não pude deixar de refletir sobre o assunto.

É engraçado isso. Desde criança, nunca me imaginei casando. Já me imaginei casada, mas casando nunca. Sou a favor do casamenteo (a instituição) mas definitivamente contra o casamento (a cerimônia). Acho uma tremenda frescura, perda de tempo.

Nunca fui casada, então pode ser que as minhas opiniões soem estúpidas, mas venho de uma familia 'feliz', meus pais são casados até hoje. Sei lá se eles se amam (dias atrás meu pai veio choramingar pra mim sobre umas 'rusgas' com a familia da minha mãe: "Não a perdoo nunca!" ele disse, emocionado. O que respondi com um: LARGA DE FRESCURA, CARALHO!), mas pare que cada um dentro de si deu um jeito de se conformar e viver bem (?) com a situação.

Enfim, penso que o casamento é uma união de esforços para um objetivo comum. Não digo que esse objetivo seja o amor eterno e monogamia (o ideal seria que estes fossem o 'meio', mas mesmo assim, 'isso non ecsiste!'), muito menos a felicidade eterna. Acho que objetivo do casamento é segurança, tranquilidade, sexo sem frescura e intimidade (não incluí a confiança porque à essa altura do campeonato já aprendi que trata-se de mais um conceito utópico).

A amisade acaba sendo então um ingrediente importante na mistura, apesar de, aparentemente, não ser fundamental. Conheço um casal que se separou por serem "amigos demais". Tem o lance do 'tesão' também, isso é importante... E tem a bendida paciência. Haja saco aturar outro ser humano 24/7.

Desde criança eu sonhava que um dia eu ia ser casada mas eu ia ter meu próprio quarto, o que era uma idéia muito esquisita pra uma criança de 7, 8 anos. Um dia ao ouvir minha mãe reclamar que meu pai puxava as cobertas de noite, perguntei inocentemente: Mãe, poque vocês não dormem em camas separadas? - Mamãe deu um sorrisinho de pena; "Pobre criança! Não sabe das coisas!" - Quando EU casar não vai ser assim! Eu vou ter meu próprio quarto, minha própria cama, meu próprio banheiro...

Qual não foi a minha surpresa quando, há algumas semanas atrás, saiu uma reportagem na Veja sobre a tendência nos EUA de quartos separados para o casal... Senti-me uma visionária! (lágrimas emocionadas!)

[retomando o assunto]
Também associo muito casamento à "comunhão de bens"... Acho que a conquista do sucesso financeiro deve ser feita em conjunto... não entendo isso de 'cada um com o seu'. Talvez isso se explique se a mulher for uma perua, ou se o cara for um bundão, mas entre dois seres humanos minimamente racionais, a comunhão de bens me parece razoável, afinal casamento nada mais é do que isso, um contrato.

Li um artigo muito bom sobre isso (casamento) do Spephen Kanitz (Contrato de Casamento). Naturalmente ele escreve muito melhor do que eu, tem muitíssimo mais conhecimento de causa e expõe o raciocínio de forma muito mais eloquente! Vale a pena ler.

Acho que é só!

E continuo sem um propósito pra minha vida. :\

Um comentário:

Dora disse...

Então... Vamos por partes...

Acho bizarro o meu pai ser completamente louco e alucinado pela minha mãe até hoje. Ele praticamente se anula por causa dela, mas enfim.. Vai entender. Acho que depois de tanto tempo juntos, eles só tem um ao outro mesmo.

Não me vejo casada não, só morando junto. Esse lance de quarto separados também já se passou pela minha cabeça, mas acho que o lance pode ser bem resolvido com uma cama king-size e cobertores individuais. Tá certo que existem também as 'manias' do outro e tal.. mas enfim, se ele não quiser abdicar das manias por minha causa, aí sim eu vou querer um quarto só meu!

E esse lance de comunhão de bens, sei não.. Tem que ser um lance MUITO bem equilibrado pra dar certo, senão fode tudo.